17 de Julho de 2017

UNIDO, ECREEE e São Tomé e Príncipe unem esforços para promover as energias renováveis e a eficiência energética

A UNIDO, o Centro da CEDEAO para as Energias Renováveis e Eficiência Energética (ECREEE) e o Governo de São Tomé e Príncipe, chegaram a acordo quanto aos principais pilares para o desenvolvimento de um programa estratégico financiado pelo Fundo Global para o Ambiente (GEF), para promover soluções de energias renováveis e eficiência energética no país.


Durante o encontro com o Sr. Ministro das Finanças, Comércio e Economia Azul, Sr. Américo d’Oliveira Ramos, este realçou a urgência e a necessidade de reduzir a actual dependência do país dos produtos petrolíferos importados, com impacto directo na competitividade e produtividade de sectores económicos cruciais para o país, nomeadamente o agro-negócio, a pesca e o turismo.


Por seu turno, o Sr. Ministro de Infrastruturas, Recursos Naturais e Ambiente, Sr. Carlos Vila Nova, saudou a parceria do Governo com a UNIDO e o ECREEE e realçou a contribuição da mesma pode aportar ao objectivo fixado pelo Governo de 50% de penetração de energias renováveis na produção de electricidade para o ano de 2025.

O programa irá apoiar o desenvolvimento de políticas e legislação para o sector, a capacitação dos recursos humanos e a promoção do investimento, nomeadamente, na reabilitação das pequenas hidroeléctricas existentes e novas projectos de energias renováveis e no estabelecimento de normas e padrões mínimos para a eficiência energética em equipamentos eléctricos.


“Décadas atrás a agro-indústria em São Tomé e Príncipe era baseada na energia produzida por pequenas hidroeléctricas de baixo custo. Hoje em dia, todos os sectores produtivos e as habitações sofrem o efeito negativo do custo elevado da geração de electricidade à base do diesel”, - disse Martin Lugmayr, Especialista da Energia Sustentável da UNIDO.


Por seu lado, Jansénio Delgado, Especialista Sénior em Energia do ECREEE, realçou o exemplo de Cabo Verde – que será reproduzido em São Tomé – onde “a integração da energia eólica e o desenvolvimento de normas para eficiência energética conduziram a redução de custos de produção em várias ilhas nos últimos anos”. 


O projecto irá também promover a troca de conhecimentos entre os países arquipelágicos de língua portuguesa (Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau) quanto a novas soluções para produção de energia para os sectores da pesca, da agricultora e do turismo.


As actividades do Programa serão desenvolvidas em estreita coordenação com os programas do Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento para o sector energético.