30 de Novembro de 2022

Cabo Verde quer antecipar meta de 50% de energias renováveis prevista para 2030

O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, afirmou, no dia 9 de Novembro, que o país prevê antecipar a meta de 50% da produção de electricidade a partir de energias renováveis prevista para 2030, face aos novos projectos em curso.

 

“A transição energética será acelerada. Cerca de 40 MW de nova capacidade, solar e eólica será concluída em 2023”, afirmou Ulisses Correia e Silva, na abertura do debate parlamentar.

 

“Com a Cabeólica foi assinado um memorando de entendimento para aumentar a capacidade de produção eólica no país, aqui na Praia, de 11 para 24 MW, o projecto estruturante da central de bombagem hídrica de Santiago está em preparação para funcionar em 2026”, acrescentou.

 

As centrais térmicas garantem actualmente cerca de 80% da energia eléctrica produzida em Cabo Verde, não tendo o país qualquer capacidade de refinação, importando, por isso, esses combustíveis.

 

Segundo Ulisses Correia e Silva, um “forte plano de eficiência energética, através de gestão e tecnologias eficientes, consumos mais eficientes e redução de perdas” vai ser implementado igualmente em 2023.

 

“Com os projectos solares adjudicados a produtores independentes para as ilhas do Sal, Boa Vista e São Vicente, os projectos solares de pequena dimensão nas restantes ilhas que estão em execução, com estes investimentos, estarão criadas as condições para ultrapassar 30% da implementação das energias renováveis em 2025”, apontou.

 

“Com os projectos estratégicos já identificados e em fase de negociação com os parceiros, estarão criadas as condições para Cabo Verde ultrapassar a meta de 50% de energias renováveis em 2030 e talvez antes”, acrescentou o primeiro-ministro.

 

Reconheceu ainda que a transição energética “é uma grande oportunidade para investimentos privados, criação de empregos”, num mercado “com um bom quadro regulatório, incentivos fiscais e financeiros e oferta de recursos humanos qualificados através do serviço”.

 

Fonte © A Semana com Lusa