21 de Dezembro de 2018

Relatório RISE 2018

O RISE (Regulatory Indicators for Sustainable Energy) é um relatório que apresenta um conjunto de indicadores regulamentares que permite comparar políticas nacionais e enquadramentos regulatórios no sector da energia. É um retrato global com indicadores organizados pelos três pilares da Sustentabilidade Energética: Acesso à Energia, Energia Sustentável e Energia Renovável. Os resultados podem ser apresentados de diversas formas através do website do RISE, por país, por indicador, por zona, etc.

Esta ferramenta permite aos Governos avaliar a prestação do seu país a nível global, e comparar resultados, de forma a caminhar no sentido de acelerar os esforços para alcançar o ODS7 (Objectivo de Desenvolvimento Sustentável 7 – Energia Acessível e Limpa).

 

Em relação aos países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), o RISE apresenta dados apenas para o Brasil, Angola e Moçambique. Em comparação com o RISE 2017 podemos verificar que de uma forma geral se identificam diversas alterações nos valores destes três países, mas nem todos pela positiva. O Brasil mantem-se o único país com 100% de Acesso à Energia e Angola conseguiu aumentar a sua taxa em 3%, contrariamente a Moçambique que teve uma descida de 14%. Em relação à Eficiência Energética, o Brasil e Angola demonstram uma subida na sua pontuação, enquanto que Moçambique manteve o mesmo nível do ano anterior.

Quanto ao indicador de Energia Renovável, verifica-se uma diminuição em Angola, na ordem dos 6% e embora o Brasil e Moçambique tenham aumentado as suas percentagens, em 23% e 6% respectivamente.

 

Analisando em pormenor o indicador de Acesso à Energia, o Brasil mantem a sua pontuação de 100% em todos os sub-indicadores, e este ano sozinho, pois tanto Angola como Moçambique tiveram uma descida de 1% e 28% respectivamente, na Capacidade dos Consumidores de Pagar a Electricidade (valor que no ano passado estava nos 100%). Como pontos a referir, verificou-se uma descida acentuada na Credibilidade da Utility em Moçambique e Angola manteve uma pontuação nula.  Angola mantem-se à frente de Moçambique em todos os indicadores excepto na Transparência da Utility, que apesar de ter descido a sua pontuação em relação ao ano passado, continua a ser mais elevada.

 

O Brasil segue mais uma vez na linha da frente, com as pontuações mais elevadas, excepto no Preço e Monitorização do Carbono, onde os 3 países têm pontuação mínima. Relativamente ao Quadro Regulatório, Moçambique conseguiu alcançar a pontuação máxima, e Angola apresenta um resultado bastante positivo com uma subida de 50% em relação ao ano passado.

 

Para informações mais detalhadas consulte o RISE 2018 aqui e veja os dados de 2017 aqui.

 

Fonte © RISE 2018